De
acordo com Yamada e Castro 2007,
o glifosato (N-fosfonometil glicina), foi originalmente sintetizado
em 1964, tendo como potencial quelante industrial. Desde 1971, foi
descrito em seu uso como herbicida. O termo glifosato é geralmente
utilizado para indicar tanto o ácido como seus sais, pois é
reconhecido que eles são biologicamente equivalentes.
“Atualmente,
o herbicida glifosato (N-(fosfonometil) glicina, não-seletivo,
sistêmico, pós-emergente, representa 60% do mercado mundial de
herbicidas não seletivos, contabilizando um total de US$ 1,2
bilhão/ano com vendas do produto”(AMARANTE
JUNIOR
et
al; 2002
pg 01).
O
glifosato é um sal isopropilamina de N-(fosfonometil) glicina, com
um peso molecular de 228,18 g/mol, o qual é um herbicida não
seletivo, sistémico de ação foliar, isto é, herbicida que entra
na planta através das folhas para depois migrar para outras partes
do tecido vegetal, aonde será minimamente metabolizado (SALAZAR
LOPEZ et al; 2011).
Desde
quando foi relatado como
herbicida, o uso do
glifosato se tornou prática frequente no mercado. Desde
então existe três tipos de
glifosato que se destaca no
comércio:
glifosato-trimesium, glifosato-isopropilamônio,
glifosato-sesquisódio. O glifosato tem como fórmula molecular C3
H8
NO5P,
e na forma de sal
apresenta-se (CH 3)2
CHNH3+
.
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Figura 1. Estrutura química do glifosato (YAMANDA; CASTRO,2007). |
Seja
como sal de amônio ou sódio, glifosato é um organofosfato que não
afeta o sistema nervoso da mesma maneira que outros organofosforados
(em geral inseticidas inibidores da enzima colinesterase). Apesar do
glifosato ser citado como pouco tóxico, há evidências de efeitos
deletérios no ambiente, principalmente
devido à resistência adquirida por algumas espécies de ervas, após
o uso prolongado do herbicida (
AMARANTE JUNIOR
2002).
A ação do herbicida nas plantas ocorre por uma longa fase de lenta
penetração, sendo que a duração dessas fases depende de vários
fatores, incluindo a espécie, as condições ambientais e a
concentração do herbicida. “Uma das mais
importantes características
do glifosato é sua rápida translocação das folhas da planta
tratada para as raízes, rizomas e meristemas apicais.”(YAMADA;
CASTRO 2007 pg.02). Essa
propriedade sistêmica resulta na destruição das plantas invasoras,
plantas difíceis de matar. Quando
o glifosato é aplicado nas plantas rapidamente é translocado por
todas as partes da planta, mas tende se acumular em regiões
meristemáticas.
O
mecanismo de ação do glifosato é por inibição da biossíntese de
aminoácidos aromáticos em plantas (triptofano, fenilalanina e
tirosina) através da inibição da enzima sintetase
5-enolpiruvil-chiquimato-3-fosfato (EPSPS), com que a produção e o
desenvolvimento da mesma proteína é reduzida. O deslizamento na
catálise pelas enzima EPSPS do penúltimo passo na via do
chiquimato, mas também reduz a biossíntese de outros compostos,
tais como tetra-hidrofolato, ubiquinona e vitamina (SALAZAR
LOPEZ et al; 2011).
Em
1445 o algodão MON foi obtido a partir de uma modificação de
variedade genética. A Monsanto, 2007, relata que esta transformação
inseriu os genes cp4, epsps, nptlle aad no genoma da variedade Coker
312”. Diante disso a linhagem do algodão resultante da
transformação é expressa pela enzima CP4 EPSPS, que é
naturalmente tolerante ao herbicida glifosato.
A
segurança da proteina CP4 EPSPS é baseada em: função biológica;
histórico de consumo seguro das proteínas EPSPS por humanos;
resultados de estudos de segurança in vivo e in vitro conduzidos com
a proteína CP4 EPSPS. A enzima 5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato
sintase (EPSPS) é encontrada em grande parte das plantas e
microrganismos. A enzima CP4 EPSPS é naturalmente tolerante ao
glifosato e é oriunda da bactéria Agrobacterium
sp. cepa CP4. A
avaliação de segurança, que foi realizada para a enzima CP4 EPSPS
em diversas culturas tolerantes ao glifosato, demonstrou que ela não
causa danos ao meio ambiente e à saúde humana ou animal (MONSANTO,
2007 pg 10).
Essa
avaliação foi realizada por meio de estudos com a proteína
purificada e com as plantas que a expressam quanto as alterações
nas suas características. “Os resultados demonstram que a
característica introduzida (tolerância ao glifosato) não altera as
características morfológicas, agronômicas e reprodutivas das
plantas geneticamente modificadas com o gene cp4 epsps”.(MONSANTO,
2007 pg. 10).
As
enzimas EPSPS são essenciais ao crescimento normal das plantas e
microrganismo. Essas atuam na via de biossíntese de aminoácidos
aromáticos essenciais, entre outros compostos fenólicos essenciais
para o desenvolvimento das plantas.
As
enzimas
EPSPS são ubíquas da natureza, sendo bactérias, fungos, algas e
plantas superiores, onde não possuem toxicidade conhecida. Essas
enzimas estão envolvidas na via bioquímica do ácido chiquímico em
plantas e microrganismo, sendo assim, não possuem um
organismo-alvo.“Qualquer organismo não-alvo que interage com uma
cultura vegetal apresenta uma interação íntima com inúmeras
plantas e microrganismo e, portanto, é constantemente exposto às
enzimas EPSPS”( MONSANTO,
2007 pg. 15).
Sua estrutura química da glifosato
ResponderExcluirO glifosato tem como fórmula molecular C3 H8 NO5P, e na forma de sal apresenta-se (CH 3)2 CHNH3+ .
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