Entre
os danos mais comumente
observados após a aplicação de glifosato são enrugamento,
malformações, especialmente nas áreas
de rebrotamento. As plantas
tratadas com glifosato morrem lentamente, sendo em
poucos dias ou semanas, nenhuma parte da planta sobrevive. Os
herbicida agem sobre as ervas daninhas seja pré-emergência como
pós-emergência. O
herbicida elimina além das ervas daninhas as bactérias
indispensáveis à regeneração do solo, situação que resulta no
empobrecimento do
solo.
O
mecanismo de ação do glifosato é bastante singular porque ele é o
único herbicida capaz de inibir especificamente a enzima
5-enolpiruvil-chiquimato-3fostato-sintase(EPSPs) que catalisa a
condensação do ácido chiquímico e do fosfato piruvato, evitando,
assim, a síntese de três aminoácidos essencias-triptofano,
fenilalanina e tirosina ( YAMADA; CASTRO;2007 pg. 02).
O
Glifosato tem capacidade de se transportar do tecido vegetal (raiz)
até o solo e aumentar sua
resistência de duas a seis vezes em solos que possam
conter alguns restos de plantas nos quais
foi aplicado previamente o herbicida (Doublet et al.,
2009 citado por Salazar Lopez
et al., 2011).
O herbicida
atravessa a cutícula com velocidade moderada, necessitando, em
média, de seis horas sem chuvas após a aplicação para que
haja o controle adequado das
ervas daninhas. É possível
que a absorção relativamente lenta do
glifosato ocorra devido ao valor baixo do seu coeficiente de partição
octanol por água (-4) em comparação a outros herbicidas, o que lhe
confere baixa lipofilicidade e alta solubilidade em água. Assim,
novas formulações apresentam surfatantes que conferem maior
apolaridade à solução aplicada, facilitando a absorção foliar
dos inibidores de EPSPs (BOERBOON e WYSE, 1988; MAC ISAAC et
al.,1991).
Segundo
Moura, 2009, no solo, o
herbicida glifosato é fortemente absorvido aos coloides.
Sendo classificado como químico o glifosato permanece no ambiente de
30 a 90 dias, onde vai depender da fração mineral do teor da
matéria orgânica e da atividade microbiana.
''
Apesar da elevada eficiência, glifosato não tem ação
sobre as sementes das ervas no solo e, portanto, deve ser aplicado
quando as espécies a serem eliminadas estão em condições de
desenvolvimento, ou seja, é
pós-emergente, sem efeito
de estresse hídrico (solo seco)''( AMARANTE
JUNIOR et al; 2002). Existem
diferentes formas de aplicação dos herbicidas na agricultura, a
mais usada é aplicação direta no solo, a pulverização através
de trator, e pulverizadores manuais ou
até mesmo via aérea.
No
início da floração de ervas daninhas perenes, e para ervas
daninhas anuais, antes da floração é recomendado
a aplicação do glifosato em dose única.
Portanto o número de
aplicação do herbicida costuma variar de acordo com as ervas a
serem tratadas. Para
aumentar a
eficiência da eliminação das ervas invasoras, pode-se utilizar
glifosato misturado com os outros herbicidas, vale
ressaltar ainda que para o
controle de ervas aquáticas o glifosato pode também
ser aplicado na água
(AMARANTE
JUNIOR et
al. 2002).
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