quinta-feira, 3 de julho de 2014

APLICAÇÃO DO GLIFOSATO


Entre os danos mais comumente observados após a aplicação de glifosato são enrugamento, malformações, especialmente nas áreas de rebrotamento. As plantas tratadas com glifosato morrem lentamente, sendo em poucos dias ou semanas, nenhuma parte da planta sobrevive. Os herbicida agem sobre as ervas daninhas seja pré-emergência como pós-emergência. O herbicida elimina além das ervas daninhas as bactérias indispensáveis à regeneração do solo, situação que resulta no empobrecimento do solo.


O mecanismo de ação do glifosato é bastante singular porque ele é o único herbicida capaz de inibir especificamente a enzima 5-enolpiruvil-chiquimato-3fostato-sintase(EPSPs) que catalisa a condensação do ácido chiquímico e do fosfato piruvato, evitando, assim, a síntese de três aminoácidos essencias-triptofano, fenilalanina e tirosina ( YAMADA; CASTRO;2007 pg. 02).



O Glifosato tem capacidade de se transportar do tecido vegetal (raiz) até o solo e aumentar sua resistência de duas a seis vezes em solos que possam conter alguns restos de plantas nos quais foi aplicado previamente o herbicida (Doublet et al., 2009 citado por Salazar Lopez et al., 2011). O herbicida atravessa a cutícula com velocidade moderada, necessitando, em média, de seis horas sem chuvas após a aplicação para que haja o controle adequado das ervas daninhas. É possível que a absorção relativamente lenta do glifosato ocorra devido ao valor baixo do seu coeficiente de partição octanol por água (-4) em comparação a outros herbicidas, o que lhe confere baixa lipofilicidade e alta solubilidade em água. Assim, novas formulações apresentam surfatantes que conferem maior apolaridade à solução aplicada, facilitando a absorção foliar dos inibidores de EPSPs (BOERBOON e WYSE, 1988; MAC ISAAC et al.,1991).

Segundo Moura, 2009, no solo, o herbicida glifosato é fortemente absorvido aos coloides. Sendo classificado como químico o glifosato permanece no ambiente de 30 a 90 dias, onde vai depender da fração mineral do teor da matéria orgânica e da atividade microbiana.

'' Apesar da elevada eficiência, glifosato não tem ação sobre as sementes das ervas no solo e, portanto, deve ser aplicado quando as espécies a serem eliminadas estão em condições de desenvolvimento, ou seja, é pós-emergente, sem efeito de estresse hídrico (solo seco)''( AMARANTE JUNIOR et al; 2002). Existem diferentes formas de aplicação dos herbicidas na agricultura, a mais usada é aplicação direta no solo, a pulverização através de trator, e pulverizadores manuais ou até mesmo via aérea.

No início da floração de ervas daninhas perenes, e para ervas daninhas anuais, antes da floração é recomendado a aplicação do glifosato em dose única. Portanto o número de aplicação do herbicida costuma variar de acordo com as ervas a serem tratadas. Para aumentar a eficiência da eliminação das ervas invasoras, pode-se utilizar glifosato misturado com os outros herbicidas, vale ressaltar ainda que para o controle de ervas aquáticas o glifosato pode também ser aplicado na água (AMARANTE JUNIOR et al. 2002).



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