quinta-feira, 3 de julho de 2014

CULTURAS TRANSGÊNICAS

As culturas transgênicas também denominadas como organismos geneticamente modificados (OGMs). São a transformação (introdução) de um ou vários genes em um organismo sem que haja a fecundação ou o cruzamento (BESPALHOK.F., GUERRA E OLIVEIRA). Portanto, todo organismo geneticamente modificado recebe o nome de transgênico, assim como os genes inseridos são denominados de trans genes.

A biotecnologia vem se constituindo cada vez mais, com a função de proporcionar o desenvolvimento de novas variedades de plantas e para os estudos de genética envolvendo os mais diferentes organismo. Por meio das técnicas de biotecnologia, a soja é um transgênico que recebeu um gene de outro organismo, capaz de torná-la tolerante ao uso do glifosato. O uso de plantas transgênicas são discussões que levantam questões importantes, em vários aspectos (CARRET et al.).

APLICAÇÃO DO GLIFOSATO


Entre os danos mais comumente observados após a aplicação de glifosato são enrugamento, malformações, especialmente nas áreas de rebrotamento. As plantas tratadas com glifosato morrem lentamente, sendo em poucos dias ou semanas, nenhuma parte da planta sobrevive. Os herbicida agem sobre as ervas daninhas seja pré-emergência como pós-emergência. O herbicida elimina além das ervas daninhas as bactérias indispensáveis à regeneração do solo, situação que resulta no empobrecimento do solo.


O mecanismo de ação do glifosato é bastante singular porque ele é o único herbicida capaz de inibir especificamente a enzima 5-enolpiruvil-chiquimato-3fostato-sintase(EPSPs) que catalisa a condensação do ácido chiquímico e do fosfato piruvato, evitando, assim, a síntese de três aminoácidos essencias-triptofano, fenilalanina e tirosina ( YAMADA; CASTRO;2007 pg. 02).

AÇÃO HERBICIDA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA


De acordo com Yamada e Castro 2007, o glifosato (N-fosfonometil glicina), foi originalmente sintetizado em 1964, tendo como potencial quelante industrial. Desde 1971, foi descrito em seu uso como herbicida. O termo glifosato é geralmente utilizado para indicar tanto o ácido como seus sais, pois é reconhecido que eles são biologicamente equivalentes. “Atualmente, o herbicida glifosato (N-(fosfonometil) glicina, não-seletivo, sistêmico, pós-emergente, representa 60% do mercado mundial de herbicidas não seletivos, contabilizando um total de US$ 1,2 bilhão/ano com vendas do produto”(AMARANTE JUNIOR et al; 2002 pg 01).


O glifosato é um sal isopropilamina de N-(fosfonometil) glicina, com um peso molecular de 228,18 g/mol, o qual é um herbicida não seletivo, sistémico de ação foliar, isto é, herbicida que entra na planta através das folhas para depois migrar para outras partes do tecido vegetal, aonde será minimamente metabolizado (SALAZAR LOPEZ et al; 2011).

Desde quando foi relatado como herbicida, o uso do glifosato se tornou prática frequente no mercado. Desde então existe três tipos de glifosato que se destaca no comércio: glifosato-trimesium, glifosato-isopropilamônio, glifosato-sesquisódio. O glifosato tem como fórmula molecular C3 H8 NO5P, e na forma de sal apresenta-se (CH 3)2 CHNH3+ .
Figura 1. Estrutura química do glifosato (YAMANDA; CASTRO,2007).


HERBICIDAS

Herbicidas são ferramentas essenciais da agricultura moderna, já que permitem um aumento na produtividade pela diminuição do surgimento de ervas que competem por nutrientes do solo, água e luz com as espécies agrícolas”(QUIMARÃES et al; pg. 06). Mesmo com o mercado mundial crescendo a cada ano, a maioria das inovações não impede o florescimento de ervas daninhas no campo, como também várias outras plantas invasoras. Pesticidas são denominados produtos químicos usados para controlar pragas. “Os pesticidas organofosfato (OP) possuem em sua estrutura um átomo central de fósforo penta valente ligado a um átomo de oxigênio ou enxofre, por uma dupla ligação”( MOURA, 2009).
Com o uso do herbicida em períodos contínuos em algumas espécies, elas se tornam resistentes à herbicida. Muitos genes mutados, quando expressos agem detoxificando as herbicidas aplicados, permitindo assim o desenvolvimento normal da planta transgênica, e tendo a eliminação das pragas. Diante disso, é possível escolher herbicidas com alta eficiência e com propriedades toxicológicas mais favoráveis aumentando a produtividade de espécies transgênicas de interesse.
No Brasil, o uso de herbicidas é muito intensa, principalmente do Glifosato. Que é um pesticida da classe dos herbicidas, e é utilizado na agricultura onde apresenta elevada eficiência na eliminação de ervas daninhas. Seja como dessecante ou como pós-emergente em culturas tolerantes como o soja.
O glifosato é responsável por cerca 10% do total de defensivos agrícolas comercializados. Por ser usado em diferentes culturas como: arroz, café, maça, uva, pastagens em cana-de-açúcar, milho, soja, sendo plantio direto ou indireto. É também indicado em culturas de banana, ameixa, pera, cacau, pêssego, e no plantio direto do algodão. “O glifosato é um potente herbicida, capaz de controlar efetivamente 76 das 78 plantas invasoras mais agressivas”(YAMADA; CASTRO, 2007 pg. 01). Apesar de sua alta eficiência no controle das pragas, esses compostos podem causar efeitos aos organismos que vivem nesse ambiente (MOURA, 2009).